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24 February 2023
ACNUR e parceiros procuram 605 milhões de dólares para prestar assistência aos refugiados da República Democrática do Congo
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Comunicado de Imprensa
09 February 2023
Cerimónia a bordo do Navio de Pesquisa Dr Fridtjof Nansen no Porto de Luanda
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Angola
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à acção para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão a contribuir a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 em Angola, onde as várias agências, através das suas respectivas naturezas apoiam projectos catalizadores dos ODS.
História
08 March 2022
Dona Ernestina líder do sector da pesca artesanal no Namibe
A dona Ernestina Chipita é Presidente eleita da União das Cooperativas da Pesca Artesanal e de Processadores de Pescado do município do Tombwa, província do Namibe, e um grande exemplo de força e resiliência.
O seu percurso profissional começou aos 16 anos, na peixaria da família, na comuna do Forte Santa Rita, no Namibe. Do seu pai aprendeu a profissão de processadora de pescado, uma arte que sempre gostou, e a que pratica com dedicação até hoje. Paralelamente aos estudos no Instituto Médio Hélder Neto, sempre exerceu a profissão de vendedora de peixe, e criou a sua família.
Estabeleceu-se no Tombwa em 1989, mas não deixou nunca de viajar por todo o país para procurar oportunidades de comercialização dos seus produtos, sempre com a melhoria das condições de vida dos seus filhos em mente. A dona Ernestina, mãe solteira, admite que a sua profissão não é fácil, pois muitos armadores mostram-se resistentes a confiar e a querer fazer negócio com mulheres. Mas com muita resiliência e força, tem revelado há mais de 30 anos que é um exemplo de empreendedorismo na região.
O exemplo da dona Ernestina inspira e estendem-se às outras mulheres da comunidade e não só. Nas suas actividades de processamento, transformação, comercialização do pescado, bem como na elaboração da farinha de peixe, emprega muitas mulheres e jovens da comunidade a quem, para além de dar um trabalho digno, transmite seus conhecimentos em “Boas Práticas de Manuseamento e Processamento de Pescado”, adquiridos na formação organizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A dona Ernestina, como impulsionadora para a criação da Cooperativa da Pesca Artesanal, ajuda também as mulheres do sector, a formalizarem os seus negócios e a se inserirem no sistema nacional de contribuição fiscal.
Como Presidente da União das Cooperativas da Pesca Artesanal no município do Tombwa, a dona Ernestina lidera 18 cooperativas devidamente legalizadas ligadas à pesca. Em 2018, foi convidada a representar as mulheres do sector da pesca artesanal de Angola no Comité das Pescas (COFI) da FAO, onde ganhou o prémio “Rainha do Mar”. A dona Ernestina participa também activamente na plataforma de mulheres empreendedoras AgroPRODESI, organizada pelo Ministério da Economia e Planeamento (MEP), com o apoio técnico do Instituto Nacional de Apoio as Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e da FAO.
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Comunicado de Imprensa
17 December 2021
Governo, Nações Unidas e parceiros dialogam sobre como incluir os pequenos comerciantes na economia formal
O Ministério da Indústria e Comércio, Nações Unidas, associações empresariais e sindicais e parceiros de desenvolvimento participaram esta terça-feira, dia 14 de Dezembro, numa mesa-redonda sobre desafios e perspectivas da inclusão dos pequenos comerciantes informais na economia formal. O evento, que decorreu no Hotel Fórum, em Luanda, foi organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Estiveram presentes mais de 50 participantes incluindo representantes de Ministérios, associações empresariais e sindicais da economia informal e parceiros de desenvolvimento.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 8 em cada 10 pessoas empregadas em Angola têm um emprego informal e o comércio é um dos sectores com maior informalidade, particularmente entre as mulheres e os jovens nas áreas urbanas. A questão da extensão do alargamento da cobertura da segurança social foi igualmente debatida, tendo sido apontada como um incentivo para a formalização.
A Directora Nacional do Comércio Interno (DNCI) do Ministério da Indústria e Comércio, Dra. Edna Capalo, deu abertura à mesa-redonda e destacou que o comércio informal é um sector predominante na economia do país , dinamizada por actividades diversificadas e por tanto que mais emprega e com maior percentagem as mulheres, sendo assim de grande importância e responsabilidade do Ministério da Indústria e Comércio, colaborar com outros Ministérios de tutela neste sector, como o Ministério da Economia e Planeamento e Ministério das Finanças, para facilitar e agilizar processos com medidas e programas pragmáticas que respondam às inquietações e necessidades do sector.
A OIT fez uma apresentação sobre o mais recente guia lançado pela OIT sobre a “Extensão da Protecção Social aos Trabalhadores Migrantes, Refugiados, e suas Famílias”, que chama a atenção para a importância da extensão dos sistemas de Protecção Social para os trabalhadores migrantes e refugiados à luz da concretização da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a consequente formalização da sua situação laboral (Recomendação 202 e 204 da OIT).
ACNUR apresentou as conclusões de sua avaliação de protecção, realizada tanto em meios urbanos como no assentamento para refugiados no Lôvua que demonstra que a grande maioria dos refugiados e requerentes de asilo em Angola não têm acesso a meios de subsistência suficientes, seja pela falta de acesso ao mercado formal de trabalho e negócios, seja por sua exclusão de programas de protecção social. ACNUR alertou para o facto de que a paralisação dos serviços de emissão ou renovação de documentação de identidade para refugiados e requerentes de asilo acabou por deixar toda a população refugiada urbana em situação de indocumentados. Isso fez com que muitos perdessem seus empregos ou fechassem seus negócios, além de impedir centenas de crianças e jovens de continuarem seus estudos e graduarem-se; empurrando grande parte da população refugiada antes auto-suficiente para uma situação de severa vulnerabilidade, bem abaixo da linha da pobreza.
Foi destacado que o alargamento da cobertura da protecção social, em geral, e para os trabalhadores migrantes e refugiados pode facilitar a formalização do mercado de trabalho e a regularização dos trabalhadores migrantes e refugiados. Pelo contrário, a regularização e a regularização formal também facilitam a extensão da protecção social aos trabalhadores migrantes e refugiados, o que por sua vez lhes dá um incentivo para trabalhar na economia formal.
O Presidente da Associação Mercantil de Pequenas e Médias Cantinas de Angola (AMPMCA), Omar Touré, ressaltou que há necessidade de sensibilizar e cadastrar os comerciantes para saber quantos são e onde estão afins de termos comerciantes devidamente organizados, legalizados e habilitados para formalização da economia informal e a prática da actividade comercial com a inclusão de todos comerciantes quer sejam nacionais ou estrangeiros.
O Presidente da Federação das Associações Empresariais de Luanda (FAEL), Carlos Kandov, destacou que esta a trabalhar com o Ministério da Economia e Planeamento na requalificação da economia informal para economia formal, porque e uma mais valia para economia do pais aproveitar das receitas dos comercio diversos para contribuir ao PIB e reiterar que a inclusão dos migrantes no processo de formalização da economia, e também de grande importância, sendo que eles dominam vários seguimentos do sector que podem contribuir para o desenvolvimento do pais.
Esta é a segunda mesa-redonda organizada pelas Nações Unidas para promover o diálogo com os principais actores da economia informal, no sentido de facilitar uma transição mais inclusiva da economia informal para a economia formal.
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História
12 December 2022
Refugiados e comunidade local promovem actividades contra a violência de género
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e parceiros juntam-se aos “16 dias de activismo” todos os anos. Esta é uma campanha global, que começa no dia da Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a 25 de Novembro, passa pelo Dia Mundial da Luta Contra a Sida, a 1 de Dezembro, e termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de Dezembro.
Em Luanda as actividades dos “16 dias de activismo” este ano foram concentradas nos centros comunitários de Viana e do Bairro Popular. Para além de testagem ao VIH e de uma sessão de consciencialização sobre a violência de género, fizeram parte do programa a distribuição de roupas e de produtos de higiene feminina e sessões de capacitação para jovens.
“Todo o homem e mulher deve pôr a mão na consciência e evitar estes actos,” diz Adriano, refugiado da RDC em Luanda desde 2017. Adriano, de 25 anos, tem uma mulher e um filho e apela por uma mudança de atitude. Ele também participou numa palestra no centro dos refugiados em Viana, seguida de uma campanha de limpeza.
Canama Jorgette também esteve nesta palestra, até porque esta refugiada da RDC, há mais de 20 anos em Angola, participa regularmente nas actividades da comunidade refugiada nos arredores de Luanda. Canama recomenda a todas as mulheres e homens vítimas de violência de género que façam queixas destes casos nas instituições. “Não sofram calados”, diz.
“A violência contra as mulheres é uma das violações mais comuns dos Direitos Humanos. Priva mulheres e meninas, inclusivamente entre a população refugiada, do direito à igualdade e diminui a dignidade humana, limitando as oportunidades relacionadas com as liberdades fundamentais”, explica o Representante do ACNUR em Angola, Vito Trani. “Nesta ocasião, apelamos a todos para que não fiquem indiferentes à violência, não estigmatizem os sobreviventes da violência e promovam a igualdade de direitos e oportunidades para mulheres e homens.”
“Estamos aqui para dizer que temos de parar a violência contra as mulheres”, diz Audrey, uma refugiada da República Democrática do Congo (RDC), de 18 anos. “Bater numa mulher é mau, é ofendê-la. Faz mal ao coração,” diz enquanto promete abordar o assunto com as amigas e colegas de escola.
Audrey vive no Assentamento de Refugiados do Lôvua, na Província da Lunda Norte, mas hoje veio até aldeia vizinha de Naginga. Dentro de momentos, ela, a mãe dela e as amigas vão dançar e fazer teatro na abertura dos “16 dias de Activismo”, uma campanha de duas semanas contra a violência de género.
Desta vez, as actividades promovidas pelo ACNUR na Província Lunda Norte, em Angola, não passaram apenas pela comunidade refugiada do Assentamento do Lôvua, mas também foram estendidas à comunidade local e das zonas urbanas. “Os refugiados vivem na comunidade, por isso entendemos que devemos ter esta actividade em conjunto para passar melhor a mensagem”, explica o associado de protecção do ACNUR Ronaldo Segunda. A primeira paragem escolhida foi aldeia de Naginga porque, explica Ronaldo Segunda, “esta é uma comunidade que apoia muito os refugiados, é um exemplo de apoio”.
Neste primeiro dia da campanha, o ACNUR e parceiros chamaram os habitantes da aldeia de Naginga para falar sobre questões como violência doméstica e sexual, casamento e gravidez precoces, planeamento familiar e emancipação da mulher através de actividades económicas. Mas os próprios refugiados, que vieram do Assentamento do Lôvua, ali mesmo ao lado, também tiveram uma palavra a dizer. Logo a abrir, Marguerite Munkamba, uma refugiada de 27 anos, leu uma carta sobre os direitos das mulheres.
“As pessoas dizem que o lugar das mulheres é na cozinha, que não temos o direito de nos sentarmos numa cadeira”, diz Marguerite. “É por isso que estamos aqui, para sermos aceites.” Marguerite diz conhecer casos de mulheres que foram agredidas, mas acredita que os mais jovens têm um comportamento diferente: “Para a minha geração é mais fácil, podemos fazer o que queremos”.
Mais à frente, é a mãe de Audrey, Rose Kasena, que fica no centro de todas as atenções: participa numa pequena encenação teatral onde o tema do abuso e assédio sexual no contexto do trabalho são temas centrais. Rose está convencida que é muito importante educar os homens contra a violência de género. E dá outro exemplo: “É preciso aconselhar os homens a prevenir a gravidez precoce nas meninas. Os homens devem estudar e ser pessoas responsáveis para cuidarem das mulheres”. Rose defende que as meninas não se devem casar antes dos 18 anos.
“Este ano a campanha envolveu não só o ACNUR, mas também refugiados, parceiros e entidades governamentais. Actuamos em conjunto e em diferentes localidades e isso ajuda a enviar uma mensagem muito importante contra a violência de género aos refugiados e às comunidades ao nosso redor”, diz Chefe de Escritório do ACNUR no Dundo, Chrispus Tebid.
Na Lunda Norte, as actividades organizadas pelo ACNUR e parceiros incluiram palestras sobre o cancro da mama e do útero para mães e adolescentes e testagem voluntária para o VIH. A campanha terminou com uma marcha no Assentamento do Lôvua a marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
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História
06 December 2022
Luanda acolhe Reunião de alto-nível dos Representantes Especiais da ONU e o Enviado Especial da região da África Central
Por iniciativa do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA), realizou-se na quarta-feira, 30 de Novembro, em Luanda, uma reunião de alto nível dos Representantes Especiais e o Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas que trabalham na região da África Central, na presença do Ministro das Relações Exteriores de Angola, Sr. Téte António. O diplomata angolano congratulou-se com a escolha da capital angolana para acolher este importante encontro, apoiando a ideia de o tornar num mecanismo de consulta permanente.
O Sr. Téte António aproveitou a oportunidade para mencionar o contexto em que esta reunião está a decorrer, referindo-se à mini-cimeira sobre paz e segurança no Leste da República Democrática do Congo, organizada alguns dias antes em Luanda. Também destacou algumas das questões e desafios enfrentados pela sub-região, bem como as formas e meios de lidar com eles. "Para que os conflitos existentes terminem, acreditamos ser imperativo que todos tenhamos a mesma mente e caminhemos de mãos dadas na procura de soluções para uma paz duradoura nas diferentes partes do nosso continente e sempre a pensar na trilogia da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos, para que o povo africano possa beneficiar plenamente", sublinhou.
Visão comum do engajamento da ONU na África Central
Nesta perspectiva, Abdou Abarry, Representante Especial do Secretário-Geral para a África Central e Chefe do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA), observou que a reunião de Luanda permitirá "discutir prioridades comuns e adoptar recomendações concretas para uma melhor coordenação e maior coerência na implementação da visão comum do compromisso da ONU para com a África Central". Participam também: Bintou Keita, Representante Especial do Secretário-Geral para a República Democrática do Congo e Chefe da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO); Valentine Rugwabiza, Representante Especial do Secretário-Geral para a República Centro-Africana e Chefe da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA) e Huang Xia, Enviado Especial do Secretário-Geral para a região dos Grandes Lagos.
A reunião de alto nível de Luanda, que terminou dia 1 de Dezembro, está em conformidade com o mandato da UNOCA sobre a necessidade de reforçar a "coerência e coordenação das actividades realizadas pelas entidades das Nações Unidas na sub-região a favor da paz e segurança". Tal como a lançada em Outubro de 2011 e aberta aos Coordenadores Residentes e Directores Regionais das agências da ONU, esta reunião será realizada anualmente e numa base rotativa em diferentes países da África Central. O objectivo é continuar a trocar opiniões sobre as dinâmicas políticas e de segurança, bem como sobre as oportunidades e o potencial da sub-região, para uma resposta concertada da ONU aos desafios transversais. No seu discurso de abertura, a Sra. Zahira Virani, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Angola, disse ser uma "honra e um privilégio" acolher os seus colegas para esta primeira edição e ter facilitado a sua organização.
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História
05 December 2022
ACNUR distribui roupas da UNIQLO para mais de 1.500 refugiados e solicitantes de asilo em Angola
Ja Bedel agradece pela roupas da Uniqlo que ele e sua família receberam do ACNUR e diz que os seus filhos estarão mais motivados a irem para à escola.
“Já imagino o sorriso no rosto do meu filho mais novo”, diz, carregando seis peças de roupa em um saco plástico usado.
O refugiado de 50 anos deixou o seu país de origem, a Libéria, em 2002 devido à instabilidade política e desde então refugiou - se em Angola.
“Essa foi uma das decisões mais difíceis que tomei na minha vida, mas não tive escolha”, diz ele. “Eu estava determinado a fugir para salvar a minha vida, não importava para onde.”
Bedel é pai de cinco filhos: dois meninos e três meninas. Sua esposa, cidadã angolana, faleceu em 2018. Ele é motorista, mas não consegue emprego por falta de documentação. Sua principal fonte de sobrevivência vem do ACNUR e do apoio dos parceiros.
Graças à doação da Uniqlo, o ACNUR Angola distribuiu roupas usadas a cerca de 1.573 refugiados e requerentes de asilo dos centros de refugiados em Luanda entre 2021 e 2022.
Durante a distribuição, prioridade foi dada a pessoas com necessidades específicas, incluindo crianças desacompanhadas e separadas, sobreviventes de violência baseada no gênero e pessoas com doenças crônicas. Os beneficiários desta distribuição de roupas são principalmente do Ruanda, Serra Leoa, RDC, República Centro-Africana, Burundi, Guiné, Somália, Libéria, Uganda, Chade, Eritreia e República da Côte d'Ivoire.
Lumbu Esperança (36), refugiada congolesa, foi uma das beneficiárias. Ela veio para Angola com a irmã e o cunhado no ano 2000 pela fronteira do Mbanza Congo, na província do Zaire, mas o seu objectivo era chegar a Luanda devido as melhores oportunidades oferecidas na capital do país.
“O assédio político em 2000 foi intenso”, diz ela. “A maioria dos nossos vizinhos da aldeia estava a fugir para Angola, eu não podia ficar. Eu segui minha irmã e seu marido.”
Depois de suportar uma viagem perigosa da RDC para Angola, Lumbu pensou que finalmente se sentiria segura. Mas ela estava errada. Ela se tornou uma vítima de violência baseada em gênero de um membro de sua própria família.
Com o apoio de alguns membros da comunidade local, ela conseguiu se mudar para Luanda alguns anos depois. Actualmente vive na periferia de Luanda com o filho de 7 anos que cria sozinha e frequenta o 1.º ano numa escola pública do Bairro Popular em Luanda.
“Eu sou a mãe e o pai desta criança”, diz ela, olhando de forma carinhosa para o seu filho. “Fico feliz que ele finalmente vai poder assistir às aulas com as roupas novas que recebeu da Uniqlo.
Devido ao impacto do COVID-19 em Angola, bem como à inflação global, a vulnerabilidade dos refugiados urbanos aumentou drasticamente. No entanto, a distribuição de roupas Uniqlo tem vindo a responder a uma das necessidades humanitárias da comunidade de refugiados em Luanda.
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História
26 October 2022
Equipa de futebolistas refugiados mostra vontade de integração
Oyombo Adore remata à baliza e faz golo. A multidão delira e dezenas de pessoas entram no campo em festa. O golo, que acaba por ser o único do jogo, torna Oyombo o herói da tarde e dá a vitória à Academia Club de Lôvua. Nesta equipa são todos refugiados e sonham jogar em equipas profissionais. Mas, para já, o desporto está a ajudar a serem mais resilientes, encontrarem objectivos e a integrarem-se melhor na sociedade angolana. O próximo passo é participar no campeonato provincial de futebol.
Oyombo Adore tem 24 anos e nasceu na República Popular do Congo (RDC). Em 2017, devido a actos de violência na província do Kasai atravessou a fronteira para Angola e tornou-se um refugiado. Abandonou o país mas houve uma coisa que nunca deixou: o futebol. Já jogava na RDC e aqui continuou. “Praticar desporto faz a diferença”, diz.
Uma história que não é muito diferente do treinador de Djibril Mukandila. Também ele era treinador na RDC até ter de fugir em 2017. “Fui eu, quando aqui cheguei, que comecei a juntar os jovens”, explica dizendo que começou no Cacanda, onde inicialmente se começaram a concentrar os refugiados, para depois continuar no Assentamento do Lôvua, onde ainda hoje vive.
A ideia acabou por evoluir para uma escola de futebol no assentamento, com todas as categorias: juniores, seniores, mulheres e homens. “Na escola de futebol, nós não escolhemos os alunos, temos as portas abertas para todas as pessoas”.
Mukandila já formou dezenas de refugiados e não se cansa de elogiar os benefícios do desporto para pessoas que vivem em circunstâncias excepcionais: benefícios para a saúde, o stress e para unir os jovens com a comunidade.
Apesar da atitude descontraída, a verdade é que a equipa sénior masculina, Academia Club de Lôvua, tem tido bons resultados. Recentemente ganhou um torneio contra as aldeias vizinhas e uma equipa do Município - organizado pelo ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, e pelos parceiros Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e Igreja Evangélica Irmãos de Angola (IEIA) - e que pretendia promover a convivência pacífica com comunidade de acolhimento.
“Há muitos talentos aqui e é preciso promovê-los”, diz o treinador enquanto releva ter o objectivo de participar no campeonato nacional de Angola, no quadro da convivência pacífica.
“Gostei muito deste torneio. Porque nós tínhamos muitas dificuldades com os nossos vizinhos e assim podemos colaborar um pouco mais”, diz Alex Ngalamulume, de 17 anos, um dos jogadores do Academia Club de Lôvua. “Não conhecíamos as pessoas do Município do Lôvua e agora fizemos amizade.”
Também Alex sonha em chegar mais longe e tornar-se jogador profissional. É para isso que vai treinar todos os dias às sete da manhã, mesmo que as condições nem sempre sejam as melhores: “O Cristiano Ronaldo também começou assim, a jogar na terra”.
Durante as comemorações passadas do Dia Mundial do Refugiado, o talento dos jogadores do Lôvua deu nas vistas também para o ACNUR Angola e parceiros. Nessa altura, o Chefe do Escritório do ACNUR no Dundo, Chrispus Tebid, em consulta com o Representante em Angola, Vito Trani, colocou na agenda a promoção destes talentos nas competições locais. O próximo passo é a integração no campeonato provincial de futebol de 11 da Lunda Norte, numa equipa conjunta com jogadores das aldeias vizinhas.
A convivência pacífica entre as comunidades deslocadas e anfitriãs é uma das prioridades estratégicas globais do ACNUR. Nesse contexto, em todo o mundo, o ACNUR incentiva práticas desportivas para promover a protecção e a interacção entre refugiados, requerentes de asilo e as comunidades anfitriãs, especialmente meninas e mulheres jovens.
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História
01 September 2022
Refugiados da RDC regressam a casa para recomeçar a vida
No assentamento do Lôvua, um grupo de amigos encontra-se à volta da fogueira, com os donos da casa, Miche Mazela Kusa e de Terese Kitembe, no centro das atenções. Afinal, o casal e os dois filhos têm, muito em breve, viagem marcada de regresso à RDC.
“Fugi ao conflito, mas agora há paz e segurança, por isso regresso”, diz Miche, referindo-se aos conflitos étnicos e políticos que, em 2017, afectaram a província do Kasai e levaram cerca de 35 mil pessoas a procurar refúgio em Angola. Inicialmente, Miche não acreditava que a guerra atingisse Kamako (cidade do Kasai junto à fronteira, onde vivia), mas milícias acabaram por chegar. Morreram pessoas próximas, o próprio exército começou a fugir e, nessa altura, Miche e a mulher perceberam que tinham de sair dali. Vieram sem nada.
Agora, cinco anos depois, Miche e Terese regressam à RDC integrados num repatriamento organizado, do lado de Angola, pela Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), Governo de Angola e parceiros. Uma operação que é financiada pelo Fundo de Construção da Paz da ONU, que pretende ajudar os governos a responder ao fluxo de refugiados e migrantes, melhorar a gestão das fronteiras e procurar soluções duráveis. O repatriamento é uma dessas soluções duráveis e, desde que recomeçou, em Julho deste ano, já ajudou 670 refugiados congoleses a regressar.
“Faltam ainda algumas semanas, mas para mim parecem meses”, diz Terese. O marido também está ansioso: “Chego a ter dificuldades em comer, porque a expectativa era já estar no Congo”.
Regresso ao país, regresso ao trabalho
Miche e Terese passaram estes anos em Angola no assentamento do Lôvua. Mas não estiveram parados. Miche já era agricultor na RDC (“sou apaixonado pela agricultura”, diz) e, aqui em Angola, continuou a trabalhar a terra, com a ajuda da mulher. Uma forma de sustentar a família, para além do apoio dado pelo ACNUR.
“Foi benéfico continuar a trabalhar. Foi interessante, sobretudo pela experiência”, diz Miche, sublinhando as formações que foi tendo ao longo destes anos, no assentamento, e que lhe permitiram aprender novas técnicas agrícolas, como a utilização de fertilizantes químicos.
Esta paixão pela agricultura é partilhada por Roger Kilabi Kilabi. Este refugiado, que também está a regressar à RDC, estudou Agronomia no país natal e fez da agricultura profissão. Durante nestes cinco anos em que foi refugiado em Angola, plantou mandioca, cebola, cenoura e batata-doce. Mas com alguns desafios. “Esta terra é pobre e pobre e temos de forçar para que produza”, explica.
Roger deu formação agrícola a outros refugiados do assentamento num programa da Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP). E também beneficiou dos programas deste parceiro do ACNUR, ao receber ferramentas agrícolas e sementes. “Fui também recebendo pessoas em casa que me pediam conselhos, sobretudo sobre estufas e viveiros.”
De regresso à RDC quer procurar um pedaço de terra para continuar a trabalhar. “Vou fazer um estudo para perceber se a terra é boa e depois comprar o terreno.” Outro desafio vai ser procurar casa. "Primeiro vou ficar na casa da minha família, depois vejo para onde ir", diz, explicando que tem “uma grande família e estão todos preparados para a chegada”.
Voltar a estudar
Depois da chegada à RDC, estes refugiados recebem um pacote de assistência em dinheiro para cobrir necessidades básicas como a primeira renda, alimentos e higiene pessoal. O ACNUR também apoia a reintegração, por exemplo ao ajudar os jovens a matricularem-se na escola.
Nella Bambemba pode precisar deste apoio. “No Congo estava a estudar enfermagem, num instituto em Kikwit”, diz a jovem, de 25 anos, referindo-se à cidade para onde vai regressar. Acabou por deixar a educação a meio quando fugiu para Angola com os pais, em 2017. “Quero acabar o curso e sustentar os meus filhos.” Nella tem quatro filhos, um deles ainda bebé.
A decisão de regressar deve-se também a uma tragédia que se abateu na família. O pai de Nella morreu no assentamento, depois de ter sido mordido por uma cobra. “Na nossa tradição, como o meu pai morreu temos de levar a informação à família”, explica.
O pai era também quem sustentava Nella, a mãe e os irmãos durante o refúgio em Angola e agora sentem-se em grandes dificuldades. Por isso, ao chegar à RDC, Nella também vai procurar emprego. Gostava de ser vendedora ou então pôr em prática a formação em ajuda comunitária e gestão de conflitos, que fez no assentamento, para trabalhar numa ONG.
Saudades de Angola
No dia da viagem, as emoções estão à flor da pele. Todos os que vão regressar concentram-se junto ao Centro de Partidas, no assentamento do Lôvua, e aguardam serem chamados para entrarem no autocarro que os vai levar até à fronteira. À volta, centenas de outros refugiados vieram para as despedidas. Há acenos, há lágrimas e, à saída do assentamento, há jovens dos dois lados na estrada a tentar acompanhar os autocarros até ao mais longe possível.
Roger veio de gravata, a mostrar a importância do momento, e não esconde um grande sorriso com a perspectiva do regresso. “O Congo é o meu belo país”, diz Roger. “Sinto-me bem e não tenho medo porque estou a regressar num repatriamento organizado.”
Nella concentra todas atenções no bebé que traz ao colo. É por trazer um bebé de meses que, em vez de viajar num autocarro, vai num carro à parte, com acompanhamento médico. Esta atenção é dispensada a todos os vulneráveis (como mães que amamentam, doentes e idosos). Os doentes crónicos levam com eles medicamentos para os três meses seguintes.
Mas as emoções mais fortes sentem-se na família de Miche e Terese. Afinal têm dois filhos que passaram aqui a adolescência: Narcisse de 19 anos e Gedeon de 22. “Estou ansioso e um pouco nervoso”, diz Gedeon. Nestes cinco anos, estudo segundo o currículo angolano (em português) e também aprendeu inglês no centro de línguas do assentamento. E claro, fez as amizades próprias da idade depois de ter perdido os amigos de infância na RDC "porque fugiram todos."
Também os pais, Miche e Terese, não mantiveram quaisquer contactos na RDC, nem da família, nem de amigos. “Não sei exactamente onde é que eles estão, mas quero procurar a minha irmã mais nova”, diz Terese.
Em Angola, estes anos foram facilitados pelos amigos que foram fazendo no assentamento, também eles refugiados. Terese deixa duas grandes amigas e Miche um amigo de infância, com quem fugiu do Kasai em 2017 e que decidiu ficar em Angola. “Vou ter saudades das pessoas com quem passei bons momentos”.
Apesar das dificuldades, Miche está decidido: “Não tenho hesitações. Vou para casa!”.
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Comunicado de Imprensa
28 March 2023
Funcionários do FIDA reúnem-se com autoridades governamentais e pequenos agricultores em Angola
Estes e outros impactos esperados das mudanças climáticas colocam Angola entre os países mais vulneráveis e menos preparados do mundo, ocupando o 154º lugar entre 182 países no Índice de Países da Iniciativa de Adaptação Global de Notre Dame. Nesse contexto, o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) para promover a adaptação climática tem ajudado a fazer a diferença.
“O FIDA foi criado no auge da crise alimentar mundial da década de 1970 e agora, mais de 40 anos depois, enfrentamos outra crise. Mas desta vez estamos equipados com lições e tecnologia para ajudar a construir a resiliência das comunidades rurais para reduzir o impacto da crise”, disse Donal Brown, Vice-Presidente Associado da Divisão de Gestão de Programas do FIDA.
“Angola é um dos parceiros e apoiantes mais importantes do FIDA em África, com uma parceria de longa data. Existe um grande potencial para a agricultura desempenhar um papel ainda maior na economia de Angola e na transformação dos sistemas alimentares e o FIDA espera trabalhar com o Governo nisso”, acrescentou Donal Brown.
Acompanhado do também Vice-Presidente associado e Diretor do Departamento de Gestão de Riscos, Alberto Cogliati, os representantes do FIDA farão uma visita de três dias a Angola, desde hoje até Sexta-feira 31 de Março. Donal Brown e Alberto Cogliati irão manter encontros de cortesia com a Ministra das Finanças, Vera Daves, o Ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, e a Ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto. As suas discussões centrar-se-ão no papel dos pequenos agricultores em garantir segurança alimentar em Angola, nos desafios impostos pelas alterações climáticas e nas estratégias para transformar e modernizar o setor agrícola e pesqueiro do país.
Durante a visita, Donal Brown e Alberto Cogliati irão conhecer os resultados de dois projetos financiados pelo FIDA em Angola. Terão a chance de se encontrar com participantes dos mesmos que alcançaram maior resiliência às mudanças climáticas e redução da insegurança alimentar como resultado da implementação dos projetos em Angola.
Até o momento, o FIDA co-financiou oito projetos em Angola para um investimento total de USD 257 milhões, atingindo mais de 486.000 famílias rurais.
Nota aos editores
O FIDA lançou a sua 13ª reposição a 16 de Fevereiro de 2023, solicitando mais investimentos em pequenos agricultores e outras pessoas nos países em desenvolvimento. Os pequenos agricultores produzem pelo menos um terço dos alimentos do mundo e até 70% dos alimentos produzidos em países de renda baixa e média. Eles são fundamentais para a segurança alimentar global, mas também para a estabilidade, porque a fome e a pobreza podem alimentar a migração e os conflitos. Para obter mais informações, visite nosso site do FIDA 13.
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Comunicado de Imprensa
24 February 2023
ACNUR e parceiros procuram 605 milhões de dólares para prestar assistência aos refugiados da República Democrática do Congo
A RDC continua a ter uma das crises humanitárias mais complexas e duradouras de África, marcada por décadas de conflito. Até 1 de Fevereiro, mais de um milhão de refugiados e requerentes de asilo da RDC foram acolhidos no continente africano, a maioria deles em em Angola (23.200), Burundi (87.500), República do Congo (28.600), Ruanda (72.200), Uganda (479.400), República Unida da Tanzânia (80.000) e Zâmbia (52.100).
Só em 2022, ataques de grupos armados no leste da RDC levaram à saída de 98.000 pessoas para o Uganda, onde há agora um total de 500.000 refugiados da RDC, o que torna o Uganda o maior país de acolhimento em todo o continente africano.
Mais de 5.8 milhões de mulheres e crianças que fogem ao conflito da RDC são também deslocados internos. Nas províncias do leste da RDC, onde operam mais de 132 grupos armados não estatais, a maioria dos deslocados ficam alojados em armazéns, escolas e igrejas nas comunidades de acolhimento. Desde Março de 2022 que pelo menos 521.000 pessoas foram forçadas a fugir da Província de Kivu do Norte.
Em muitos países de acolhimento de refugiados, as fronteiras, assentamentos e campos já chegaram ou excederam a capacidade e e os serviços básicos disponíveis, como a saúde, ou são esticados até ao limite ou são muito caros. A insegurança alimentar é cada vez mais preocupante à medida que as pessoas se debatem para garantir necessidades básicas devido ao impacto do conflito na Ucrânia.
Num contexto socioeconómico e político frágil na RDC - exacerbado pela pandemia da Covid-19 – a instabilidade contínua devido a ataques recorrentes de grupos armados, violência intercomunitária e violações sérias de Direitos Humanos inibem as pessoas deslocadas de regressar a casa e a encontrar meios de subsistência. Estas causas continuar a causar fluxos contínuos de refugiados para os países vizinhos em 2023.
ACNUR e parceiros estão a apelar a um apoio contínuo e sustentável por parte dos países de acolhimento e também da comunidade internacional para que forneçam estas populações vulneráveis com protecção, abrigo, saúde e outras necessidades básicas.
Além da assistência humanitária, o PRRR da RDC vai também procurar promover a auto-subsistência e resiliência económica dos refugiados e das comunidades de acolhimento vulneráveis, centrando-se em projectos liderados pelas mulheres e pelos jovens que procurem reduzir a dependência da assistência
Em Angola, oito parceiros integram o plano de resposta nacional. Os parceiros são agências das Nações Unidas – ACNUR, Organização Internacional das Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - organizações internacionais – Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e Visão Mundial (WV) - e organizações nacionais -Ajuda de Desenvolvimento de Povo para o Povo (ADPP) e a Igreja Evangélica dos Irmãos de Angola (IEIA).
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Comunicado de Imprensa
22 February 2023
Ceremony on board the research vessel Dr Fridtjof Nansen in the port of Luanda
The event will feature opening remarks by the Minister of Fisheries and Marine Resources, Dr. Carmen Sacramento Neto, a speech by the Ambassador of Norway, Mr. Bjørnar Dahl Hotvedt, the FAO Representative in Angola, Mrs. Gherda Barreto Cajina, and the FAO’s Senior Fisheries Officer Responsible for the EAF-Nansen-FAO Program Mr. Pedro Barros, from Rome.
The ceremony and onboard visit will be open to the media, where members of the Government and over 50 representatives from the public and private sectors, including, development agencies, diplomatic corps, government officials and research institutions will participate. The event will be a unique opportunity to showcase the unique ocean research facilities that have served the Program's partner countries for nearly five decades.
The EAF-Nansen Program is a long-standing partnership between FAO and Norway, dating back to 1975. To date, the Program provides technical support in the field of fisheries research and management and has collaborated with 58 countries in Africa, Asia, and South America. In its current phase (2017-2023), the EAF-Nansen Program works with 32 countries in Africa and supports regional and country-specific efforts to improve food and nutrition security and achieve sustainable fisheries management systems. Thus, the goal is to increase scientific and socio-economic knowledge, improve fisheries policy and management according to the ecosystem approach to fisheries (EAF), and develop the capacity of fisheries research and management institutions to sustainably manage fisheries.
Angola as a signatory country has benefited from several national and regional scientific research cruises to deepen the knowledge of the oceans and seas, which have allowed for years to estimate the abundance of the main fish resources that abound along the coast, as well as relate their dynamics with environmental variability. This has allowed secure information through a series of data, not only of the marine biodiversity and its ecosystems but also a scientific basis for the rational and sustained exploitation of marine resources.
The Dr Fridtjof Nansen is a state-of-the-art research vessel, and has conducted several stock assessments of major transboundary fishery resources and environmental studies aimed at generating data to inform policy decisions on marine and fishery resource management. The Vessel is an integral part and important tool of the EAF-Nansen Program, owned by Norway and operated by the Norwegian Institute of Marine Research (IMR).
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Comunicado de Imprensa
22 February 2023
Cerimónia a bordo do Navio de Pesquisa Dr Fridtjof Nansen no Porto de Luanda
O evento contará com o discurso de abertura da Ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen Sacramento Neto, com a intervenção do Embaixador da Noruega, Bjørnar Dahl Hotvedt, da Representante da FAO em Angola, Gherda Barreto Cajina, e do Oficial de Pescas Sénior e Responsável pelo Programa EAF-Nansen-FAO, Pedro Barros, da FAO em Roma.
A cerimónia e visita a bordo do navio será aberta à comunicação social, onde participarão membros do Governo e mais de 50 representantes dos sectores público e privado, incluindo agências de cooperação internacional, corpo diplomático, oficiais do governo e instituições de investigação. O evento será uma oportunidade única para mostrar as instalações excepcionais de pesquisa oceânica que trabalham com os países parceiros do Programa há quase cinco décadas.
O Programa EAF-Nansen é uma parceria de longa data entre a FAO e a Noruega, que remonta a 1975. Até ao momento, o Programa fornece apoio técnico no campo da pesquisa e gestão pesqueira e colaborou com 58 países em África, Ásia e América do Sul. Na sua fase actual (2017-2023), o Programa EAF-Nansen trabalha com 32 países em África e apoia os esforços regionais e específicos de cada país para melhorar a segurança alimentar e nutricional e para alcançar sistemas de gestão pesqueira sustentáveis. Assim, o objectivo é aumentar o conhecimento científico e socioeconómico, melhorar a política e gestão das pescas de acordo com a abordagem ecossistémica das pescas (EAF) e desenvolver a capacidade das instituições de investigação e gestão para gerir de forma sustentável as pescas.
Angola como país signatário tem beneficiado de vários cruzeiros de investigação científica nacionais e regionais para aprofundar o conhecimento dos oceanos e mares, que permitem há anos estimar a abundância dos principais recursos pesqueiros que abundam ao longo da costa, bem como relacionar a sua dinâmica com a variabilidade ambiental. Isto tem permitido obter informações seguras através de um conjunto de dados, não só da biodiversidade marinha e dos seus ecossistemas, como também uma base científica para a exploração racional e sustentável dos recursos marinhos.
O Navio Dr. Fridtjof Nansen é uma embarcação de pesquisa de última geração e realizou várias avaliações das reservas dos principais recursos pesqueiros transfronteiriços e estudos ambientais destinados a gerar dados para informar as decisões políticas sobre gestão de recursos marinhos e pesqueiros. A navio é uma parte integrante e importante ferramenta do Programa EAF-Nansen, de propriedade da Noruega e operado pelo Instituto Norueguês de Pesquisa Marinha (IMR).
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Comunicado de Imprensa
19 January 2023
A contribuição da França ajuda o PAM a responder às necessidades nutricionais do sul de Angola
CAHAMA – O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) congratula-se com uma contribuição de 500.000 euros do Governo de França para apoiar os seus programas de nutrição para as famílias afectadas pela seca no Sul de Angola.
Na província do Cunene, a contribuição ajudará o PAM a fornecer produtos nutricionais para prevenir e tratar a desnutrição aguda a pelo menos 700 crianças com menos de dois anos, e 3,200 mulheres grávidas e lactantes durante os próximos sete meses (até Julho 2023). Além disso, 6,000 pessoas beneficiarão de sessões de sensibilização e educação nutricional durante demonstrações culinárias, discussões de grupos focais e actividades de sensibilização.
“A contribuição francesa nos permitirá não apenas apoiar as autoridades locais, mas também capacitar as comunidades para reconhecer e prevenir a desnutrição aguda”, disse José Ferrão, chefe do escritório do PAM em Angola. “Além de fornecer suplementos nutricionais, o PAM também vai treinar trabalhadores de unidades de saúde e agentes comunitários, fornecer equipamentos para unidades de saúde e preparar materiais de educação nutricional”.
Em Dezembro de 2022, o PAM admitiu mais de 1,700 crianças com desnutrição aguda moderada nos seus programas comunitários de nutrição, e a contribuição francesa permitirá expandir a cobertura dos serviços de nutrição do PAM.
"Gostaria de aproveitar esta oportunidade para anunciar que o Governo Francês está empenhado em reforçar e continuar o seu apoio, e já decidiu lançar outro projecto de assistência com o PAM no mesmo montante de 500.000 euros, a fim de assegurar um impacto mais forte e aumentar a população alvo", disse Daniel Vosgien, Embaixador da França em Angola. "Finalmente, a Cooperação Francesa está a desenvolver vários projectos de apoio à agricultura familiar e de formação para jovens, a fim de promover a produção familiar em zonas desfavorecidas".
Além dos programas de nutrição, o PAM também está apoiando as populações afetadas pela seca por meio de senhas alimentares e alimentação escolar, assiste o Governo nas avaliações de segurança alimentar e desenvolvimento de políticas relevantes e fornece serviços de logística a parceiros.
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