O Retorno Voluntário de Pessoas Refugiadas em Angola: A História de Meta Merlinde
20 setembro 2024
Ao dirigir-se para o aeroporto, Meta Merlinde sente uma mistura de esperança e nostalgia, prestes a iniciar o seu retorno voluntário à RDC.
Com 27 anos e mãe de um filho recém-nascido, Meta teve que fugir da sua casa no Kasai Oriental em 2017 devido ao conflito violento que tirou a vida dos seus pais. Encontrou asilo em Angola, onde foi acolhida no Assentamento do Lovua, na Lunda Norte, e registada como refugiada pelo Governo de Angola e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Após sete anos de desafios em Angola, Meta decidiu participar no programa de repatriamento voluntário (VOLREP) do ACNUR, na esperança de se reconectar com os seus familiares e reconstruir a sua vida na RDC. No dia 6 de Setembro de 2024, Meta e outros 54 refugiados partiram em um comboio organizado pelo ACNUR, marcando o início de uma nova etapa nas suas vidas. Desde 2019, mais de 4.400 pessoas participaram do programa de retornos.
O programa VOLREP oferece apoio essencial durante todo o processo, incluindo transporte, documentação e assistência para reintegração. A decisão de Meta de regressar ao seu país natal faz parte de um movimento mais amplo de refugiados que optam pelo retorno voluntário, confiantes na melhoria das condições no seu país de origem.
Emmanuelle Mitte, Representante do ACNUR em Angola, destacou a importância do programa: “O repatriamento voluntário não se trata apenas de regressar a casa. Para muitos refugiados, como a Meta, o retorno às suas comunidades com o apoio do ACNUR é um passo fundamental para realizar seus planos para o futuro”.
Enquanto Meta e os seus filhos embarcam nesta nova jornada, levam consigo a esperança de estabilidade e o apoio dos familiares que os aguardam na RDC. O ACNUR continuará a prestar assistência essencial durante o processo de reintegração, ajudando-os na transição para um novo começo.