Para ela, o Programa de Salvaguarda dos Jovens (SYP) não é apenas um programa, mas sim um farol de esperança para adolescentes e jovens. "Para mim", diz ela com convicção, "O SYP representa salvar, proteger, ajudar, transformar vidas, transformar mentalidades, acções e etc."
Ela compartilha como sua vida mudou desde que começou a participar do programa. "Deixei de seguir conselhos que eu própria sabia que eram errados para mim", confessa Carla. Sua jornada com o SYP a ajudou a encontrar sua voz e a coragem de desafiar esses conselhos prejudiciais.
Como adolescente, Carla destaca outra transformação significativa. "Aprendi a compreender melhor meu corpo e a discutir abertamente sobre temas como sexo", revela. Agora, ela se sente confiante o suficiente para participar dessas discussões em grupo, demonstrando um crescimento notável em sua autoconfiança.
Mas Carla não está apenas a pensar em si mesma. Ela tem esperanças e sonhos para o futuro. Em um pedido sincero aos mobilizadores e implementadores do programa, ela expressa seu desejo por oportunidades adicionais. "Eu gostaria que eles oferecessem cursos, bolsas de estudo, para nos ajudar a alcançar sonhos futuros".
Por sua vez, Luís Artur, o Coordenador do Bairro Casas de Chapa, zona onde o programa está a ser implementado, compartilha sua perspectiva com orgulho. "Como líder desta população, o programa representa uma grande valia para mim". Com o sorriso no rosto continuou, "Muita coisa que nós registávamos negativamente, hoje em dia estamos a ver que as coisas voltaram ao normal, tornaram-se positivas. Isso tudo graças a este programa”.
O Fundo das Nações Unidas para a População - UNFPA, em parceria com o Ministério da Juventude e Desportos, Ministério da Educação e Ministério da Saúde, está a implementar em Angola, desde 2021, o Programa de Salvaguarda dos Jovens - SYP, cujo principal objectivo é capacitar adolescentes e jovens com idades entre os 10 aos 24 anos para se protegerem de Infecções de Transmissão Sexual (ITS), incluindo o VIH, gravidez precoce e indesejada, abortos inseguros, casamentos precoces, violência baseada no género e práticas culturais prejudiciais, promovendo simultaneamente normas de igualdade de género e comportamentos de protecção. O SYP está a ser implementado em 12 países da África Austral, incluindo Angola, nas Províncias de Luanda, Cunene, Namibe, Huíla e Cuando Cubango.