Discurso de S.E. a Coordenadora Residente da ONU em evento sobre mulheres na mídia na Embaixada da Alemanha
07 março 2024
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Excelência Dr. Stefan Traumann, Embaixador da República Federal de Alemanha,
Caras Panelistas,
Ilustres mulheres jornalistas que participam hoje deste evento,
Estimados convidados e colegas,
É com imenso prazer e gratidão que me dirijo a todos e todas vocês neste evento especial, em celebração do Dia Internacional da Mulher, reforçando a importância das mulheres no jornalismo em Angola. Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à Embaixada da Alemanha em Angola por acolher este evento em parceria com as Nações Unidas. Esta colaboração reforça o compromisso conjunto de promover a igualdade de género e promover a visibilidade e empoderamento das mulheres angolanas.
Aproveito igualmente a oportunidade para agradecer às estimadas mulheres que aceitaram o nosso convite, para fazer parte desse painel, do qual temos a certeza de que resultarão discussões proveitosas (pro-vei-to-sas) sobre as mulheres e o jornalismo em Angola.
Como Nações Unidas, acreditamos que é necessário que todas as mulheres, dos vários sectores que compõem o tecido da sociedade, e em todas as comunidades sejam abrangidas (a-bran-gi-das) - incluindo aquelas aonde historicamente as mulheres têm dificuldade em ser ouvidas. Só assim poderemos garantir que não deixaremos ninguém para trás.
Portanto, este importante diálogo, sob o tema "As Mulheres e o Jornalismo em Angola", é uma oportunidade valiosa para refletir sobre o papel crucial das mulheres na esfera mediática e como usam o seu lugar de fala para evidenciar (e-vi-den-ci-ar) as questões que afectam as mulheres no seu dia-a-dia.
Para que sejam alcançados ganhos transformadores (trans-for-ma-do-res) e duradouros em matéria de igualdade género, tal como previsto pelo Objectivo de Desenvolvimento Sustentável número 5 da Agenda 2030, é necessário que sejam contempladas várias questões que afectam as mulheres em todo o mundo, desde a violência basada em gênero, a discriminação (dis-cri-mi-na-ção), o acesso igualitário aos recursos económicos, o não cumprimento dos seus direitos políticos, entre muitos outros.
Gostaria igualmente de destacar o compromisso do governo angolano na promoção dos direitos das mulheres. São notórios (no-tó-rios) os ganhos alcançados pelo país, em matéria de participação política das mulheres, contando com várias mulheres em posições de destaque. No entanto, é importante que esses ganhos não se limitem a esse nível e que se traduzam em melhores condições socioeconómicas para as mulheres como um todo. Nesse sentido, as mulheres jornalistas têm uma responsabilidade clara em trazer essas e outras questões ao debate público, promovendo uma sociedade mais igualitária.
Angola tem assim mulheres incríveis que desempenham (de-sem-pe-nham) papéis essenciais em todos os setores da sociedade. São elas que contribuem diariamente para a informação, educação e transformação deste país. Hoje, celebramos essas mulheres e reafirmamos o nosso compromisso em apoiar todas as mulheres angolanas para que possam alcançar o seu potencial.