Este mês, Angola se une ao mundo na celebração do Dia da Discriminação Zero.
Trata-se de uma iniciativa estabelecida pela ONUSIDA faz uma década, para promover a igualdade e a justiça para todos, independentemente do seu estatuto serológico, género, idade, sexualidade ou etnia. No entanto, apesar dos progressos conseguidos, os desafios para acabar com a discriminação em Angola e no mundo persistem.
A discriminação e o estigma continuam a ser uma realidade para muitas pessoas que vivem com VIH em Angola e em todo o mundo. Ataques as pessoas LGBTQIA+ e outras comunidades marginalizadas continuam a ser obstáculos, o que dificultam o acesso aos serviços de saúde vitais e perpetua um ciclo de exclusão.
Hege Wagan, directora do ONUSIDA em Angola, destacou: “As pessoas que vivem com VIH e LGTBQIA+ e outros grupos deixados para trás estão a unir esforços para proteger e promover os direitos humanos. Eles precisam e merecem todo o nosso apoio. Juntos podemos proteger os direitos de todos e criarmos sociedades mais justos para todos.”
Em Angola, uma série de atividades está sendo organizada pelo INLS, OSC, ANASO, Parceiros e ONUSIDA para marcar este dia significativo. Estas incluem uma conferência de imprensa para lançar a campanha, uma caminhada em homenagem a Carlos Fernandes (um jovem líder e activista do movimento LGBTQIA+ angolano que morreu no dia 26 de Fevereiro), distribuição de folhetos e preservativos como parte da campanha "Stop Discriminação", assim como encontros de reflexão com várias comunidades, incluindo a comunidade LGBTQIA+, pessoas vivendo com VIH/SIDA, adolescentes e jovens, e profissionais da saúde.
Estas atividades intendem não apenas aumentar a conscientização sobre a importância da não discriminação, mas também promover a solidariedade e a compreensão entre diferentes grupos da sociedade angolana. Ao proteger a saúde de todos, Angola está trabalhando para proteger os direitos de todos e garantir um futuro mais justo e inclusivo.