Comunicado de Imprensa

Angola recebe vacinas para lutar contra o cancro do colo do útero

16 setembro 2024

Angola recebeu hoje 1,4 milhões de doses de vacinas contra o HPV para reforçar as acções de prevenção e proteção da sua população contra o cancro do colo do útero, a principal causa de morte por cancro na região africana. 

Luanda, 16 de setembro de 2024 - Mais de 1.400.000 de doses de vacinas contra o Vírus do Papiloma Humano (VPH ou HPV), cientificamente reconhecido como a principal causa de mais de 90% do cancro do colo do útero, chegaram hoje a Angola para a imunização de raparigas dos 9 aos 12 anos, no âmbito da estratégia nacional de prevenção e proteção contra o cancro do colo do útero. 

@UNICEFAngola
Foto: © @UNICEFAngola

Nos próximos dias, está prevista a chegada de mais um lote para completar 2,2 milhões de doses de vacinas, necessárias para garantir a vacinação de cerca de 2.136.000 meninas entre os 9 e 12 anos de idade, em todo o país. 

Segundo a Ministra da Saúde de Angola, Dra Silvia Lutucuta, “a vacinação para prevenção do cancro de colo do útero representa um compromisso do Executivo angolano para proteger a saúde e o futuro das nossas meninas, garantindo gerações livres desta doença prevenível, alinhada à Estratégia Global de Eliminação desta doença até 2050, contribuindo assim para uma população mais saudável e economicamente mais sustentável”. 

“Esta é uma oportunidade única para proteger as nossas futuras gerações de uma doença devastadora. Vamos unir forças e garantir que todas as meninas de Angola, independentemente de onde vivam, recebam esta vacina que salva-vidas”. 

Dados do Instituto Angolano de Controlo do Cancro revelam que, em Angola, só em 2022, foram tratados 915 casos de cancro do colo do útero, cerca de 17% de todos os casos de cancro. Além disso, as autoridades de saúde estimam que a incidência real de casos de cancro do colo do útero no país é provavelmente ainda maior devido às limitações de diagnóstico. 

O Representante Interino da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola, Dr. Zabulon Yoti disse que a vacina contra o cancro do colo do útero é uma ferramenta crucial para proteger as raparigas e construir gerações futuras mais saudáveis. Enfatizando que, “ao garantir a vacinação, o Governo de Angola está a dar um passo significativo para assegurar que as raparigas angolanas cresçam num mundo onde o cancro do colo do útero é uma doença evitável, e não uma sentença de morte”.

“Agora é o momento de nos unirmos e apoiarmos as iniciativas em curso para vacinar as nossas raparigas, reduzir drasticamente a incidência do cancro do colo do útero e construir um futuro mais saudável para a população angolana”.

O cancro do colo do útero é um grave problema de saúde pública que afecta cinco vezes mais e mata sete vezes mais mulheres africanas do que as mulheres dos países desenvolvidos. A OMS estima que cerca de 117.300 mulheres em África são diagnosticadas com cancro do colo do útero todos os anos e mais de 76.000 morrem da doença. 

Estes números sublinham a urgência de um combate efectivo a este problema de saúde pública, que o Governo angolano iniciou corajosamente com a aquisição das vacinas CECOLIN, fabricadas pelo laboratório INOVAX, para imunizar 2.136.000 raparigas e adolescentes nas próximas semanas. 

Esta vacina foi pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é considerada altamente eficaz e segura, necessitando apenas de uma dose para garantir a proteção ao longo da vida. A nível mundial, foram administradas mais de 50 milhões de doses da vacina contra o cancro do colo do útero sem reações adversas. 

Antero Pina, Representante do UNICEF em Angola, disse que “a introdução da vacina contra o cancro do colo do útero constitui mais uma oportunidade de transformar a vida das raparigas adolescentes”.

“Esta medida vai para além da prevenção do cancro do colo do útero pois pode promover outras intervenções críticas de saúde sexual e reprodutiva sendo desta forma mais uma contribuição para promoção e protecção do bem-estar das raparigas em Angola”.

Para além da aquisição das vacinas, o governo, com o apoio dos seus parceiros, está a trabalhar para consolidar outros aspectos que são extremamente importantes para o sucesso da campanha de vacinação contra o cancro do colo do útero, incluindo planeamento e financiamento, formação de técnicos de saúde, logística, advocacia, monitorização e supervisão, e mobilização e envolvimento das comunidades. A operação está orçada em cerca de 20.926.809 dólares americanos e envolve a vacinação em duas fases: nas escolas e nas comunidades do país. 

Por sua vez, a Representante Residente do PNUD em Angola, Dra. Denise António disse que a chegada das vacinas para o Governo angolano sob a liderança do Ministério da Saúde, através do financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) e com o apoio do PNUD Angola, reafirma o compromisso inabalável do Governo na prevenção do cancro do colo do útero nas raparigas. 

“Ao vacinar estas raparigas, não estamos apenas a salvaguardar o seu futuro, mas também a contribuir para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Este marco simboliza não apenas a força do nosso compromisso conjunto, mas também reflecte o alinhamento de interesses entre os principais parceiros envolvidos, contribuindo para os objectivos do Plano de Desenvolvimento Nacional de Angola 2023-2027 e da Agenda 2030”.

A chegada das vacinas contra o cancro do colo do útero a Angola, representa um marco significativo nas metas do governo para a saúde da população e para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

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Sobre a vacina do cancro do colo do útero:

Estudos realizados em vários países demonstraram que a vacina reduz significativamente o risco de desenvolvimento de lesões pré-cancerosas e de cancro do colo do útero. A vacina é também amplamente recomendada pelas organizações mundiais de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) pré-qualificou seis vacinas para utilização em grande escala, o que significa que estas vacinas cumprem normas rigorosas de segurança e eficácia. Desde 2006, estão disponíveis vacinas seguras e altamente eficazes para prevenir a infeção e proteger as mulheres contra o cancro do colo do útero. Em 2021, 20 países africanos já tinham incorporado com êxito a vacina contra o cancro do colo do útero nos seus programas de imunização. 

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Para informação adicional, por favor contactar:

MINSA

Heny de Sales

Gabinete de Comunicação Institucional 

Telefone: +244 923 402 171

Email: gamboo@who.int

 

OMS

Olívio Gambo

Responsável de Comunicação OMS em Angola

Telefone: +244 923 614 857

Email: gamboo@who.int


UNICEF

Heitor Lourenço

Oficial de Comunicação

Telefone: +244 936 836 015

Email: hlourenco@unicef.org

 

Avelina Lopes

Avelina Lopes

PNUD
Assistente de Gestão Baseada em Resultados & Comunicação
Heitor Lourenço

Heitor Lourenço

UNICEF
Oficial de Comunicação
Olivio Gambo

Olivio Gambo

OMS
Oficial de Comunicação

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

PNUD
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
UNICEF
Fundo das Nações Unidas para a Infância
OMS
Organização Mundial da Saúde

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