Conhecimentos e habilidades da comunidade refugiada devem ser utilizados como potencial para desenvolvimento
No Centro de Saúde do assentamento do Lôvua, na província da Lunda-Norte, Marta Kakubu, uma dedicada enfermeira refugiada da República Democrática do Congo (RDC), apoia diariamente na vacinação de crianças refugiadas e angolanas.
Desde sua chegada, em 2017, Marta tem utilizado suas habilidades na área da saúde para apoiar a resposta humanitária. Para ela, oferecer sua experiência é uma forma de agradecer pelo acolhimento recebido em Angola, país que a recebeu após ter sido forçada deslocar-se devido à violência na região Kasai.
Com a ajuda do Governo de Angola, da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e ONGs locais, como a Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA), ela rapidamente se integrou à equipa de acolhimento, assumindo os papéis de mobilizadora comunitária e enfermeira, uma trajectória que a acompanha até hoje.
Desde então, Marta dedica-se a promover a conscientização e o apoio em questões de vacinação, higiene e nutrição entre as pessoas refugiadas e a comunidade ao redor do assentamento do Lôvua. Mesmo enfrentando a vulnerabilidade da condição de refugiada, ela encontra na sua profissão uma fonte de orgulho e satisfação em poder ajudar a comunidade.
Com o apoio de Marta, o Centro de Saúde do Assentamento do Lôvua já vacinou mais de 2,700 pessoas, além de ter fornecido quase 10 mil atendimentos médicos, dos quais 30% são para a comunidade angolana anfitriã. As actividades do Centro de Saúde são financiadas pela ACNUR e realizadas em parceria com entidades governamentais e a Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA).
Na Lunda-Norte, o foco principal de Marta está em vacinar recém-nascidos. “Cada vacina administrada representa uma chance de saúde e bem-estar para o futuro”, diz.
Com um coração cheio de esperança, Marta Kakubu personifica a coragem, resiliência e compaixão que permeiam o assentamento na Lunda-Norte.