Sua Excelência, Secretário de Estado para a Saúde Pública, Sr. Carlos Pinto de Sousa,
Excelências Secretários de Estado e Membros do Executivo,
Digníssimos membros do Corpo Diplomático,
Caros colegas da ONU,
Distintos Participantes,
Muito bom dia!
É com grande honra que estou aqui hoje, para participar na abertura do Workshop sobre Fortificação Alimentar em Angola, que será com certeza, um marco decisivo para a elaboração da Estratégia Nacional de Fortificação Alimentar, após a conclusão da Missão da SADC e da FFI (Iniciativa de Fortificação Alimentar).
Gostaria, de expressar os meus sinceros agradecimentos ao Ministério da Saúde e reconhecer o compromisso do Governo de Angola com a Agenda 2030, neste caso específico, no alcance do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 2, que prevê acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição.
Aproveito para reconhecer igualmente os esforços dos meus colegas das Agências das Nações Unidas.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A fortificação de alimentos é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma estratégia sustentável e de melhor relação custo-eficiência a médio-longo prazo, para prevenção e diminuição da deficiência de micronutrientes na esfera global.
Em Angola, os maiores problemas nutricionais são a desnutrição e a deficiência de micronutrientes. Apesar dos desafios existentes, a fortificação de alimentos é um processo simples e de fácil execução. Para tal, é necessário termos uma abordagem multissectorial que envolve um compromisso político de alto nível, incluindo o sector privado – uma vez que são eles que produzem e comercializam os alimentos que são consumidos pela nossa sociedade.
O Governo de Angola tem aumentado a priorização de acções ligadas à nutrição, contudo, precisa de mobilização financeira para a fortificação de alimentos com micronutrientes.
A fortificação de alimentos pode beneficiar toda a população em Angola. Ao disponibilizar para a população alimentos mais nutritivos os ganhos não serão refletidos apenas na melhoria do estado nutricional, mas também podem repercutir positivamente na educação e na capacidade de trabalho.
Distintos participantes,
Na esfera global mais de 90 países possuem legislação para fortificação alimentar, e na região da SADC - 5 países, adotaram fortificação obrigatória, para farinha de trigo e milho; Angola, está interessada em iniciar o processo de fortificação.
Independentemente, do Governo de Angola estar a dar os primeiros passos rumo à Fortificação Alimentar, os produtores do sector privado têm um papel fundamental para alavancar esta agenda. Faço, portanto, aqui um apelo ao sector privado, para que o início seja feito de forma voluntária - até chegarmos à Fortificação Alimentar obrigatória - que com certeza, será acompanhada de um decreto necessário, a ser implementado.
Neste sentido, em estreita colaboração com a SADC e a Iniciativa de Fortificação Alimentar (FFI), as Nações Unidas pretendem reforçar o apoio prestado ao Governo de Angola e facilitar a cooperação com o sector privado, para juntos, garantirmos uma melhor nutrição e saúde, para todos os angolanos e todas as angolanas, sem deixar ninguém para trás.
Muito obrigada, bem-haja.